luni, 18 iulie 2011

DO PAÍS QUE SE AFUNDA EM FUNDOS VÁRIOS QUE NEM FUNDOS TÊM

AO FUNDO DE SUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

NÃO MORRER HOJE, QUE IMPORTÂNCIA TEM

A PAZ, ÀS VEZES LEMBRA-NOS VENENO

E TUDO É FALSO NO PAÍS SERENO

QUE NÃO SE BATE NUNCA POR NINGUÉM


O MUNDO POR VEZES TRANSFORMA AS VELHAS IRREALIDADES EM NOVAS

E MAIS FUNDOS SEM FUNDO NECESSITAM-SE

COM ALGUMA URGÊNCIA

In the year 2022, the population has grown to forty million people in New York City alone. Most housing is dilapidated and overcrowded, and the homeless fill the streets and line the fire escapes and stairways of buildings. Food as we know it in present times is a rare and expensive commodity. Most of the world's population survives on processed rations produced by the massive Soylent Corporation, including Soylent Red and Soylent Yellow, which are advertised as "high-energy vegetable concentrates." The newest product is Soylent Green, a small green wafer which is advertised as being produced from "high-energy plankton." It is much more nutritious and palatable than the red and yellow varieties, but, like most other food, it is in short supply, which often leads to food riots

E MAIS FUNDOS SEM FUNDO NECESSITAM-SE

marți, 5 iulie 2011

DO ANALISTA DO BAGÊ EM TONS MAIS AGRI CU LAS

ENÓLOGO NO SERTÃO
Hummm...
lkj
— Eca!!!
— Eca?! Quem falou eca?
— Fui eu, sô! O senhor num acha que êsse vinho tá com um gostim estranho?
— Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
— Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
— Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
— Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
— Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
— O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
— Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação, entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...
— E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
— O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
— Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
— Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
— Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
— O senhor poderia começar com um Beaujolais!
— Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
— Então, que tal um mais encorpado?
— Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
— Ou, então, um suave fresco!
— Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!
— Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
— Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, messs! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
— Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
— E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
— Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
— Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
— Mole e redondo, com bouquet forte?
— Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...

Luiz Veríssimo