miercuri, 29 decembrie 2010

DOS ROCHEDOS QUE QUEREM SILÊNCIO-AS MOSCAS MUDAM MAS NÃO SE CALAM-É PRECISO QUE AS COISAS MUDEM PARA QUE TUDO FIQUE NO MESMO

Postado por Carlos Barbosa de Oliveira às Quarta-feira, Dezembro 29, 2010
Quartas-feiras

Porque não se calam?
Falam, falam, falam, mas não fazem nada. Refiro-me, obviamente, aos economistas e financeiros, ex- governantes, profetas da desgraça que não souberam prever a crise, mas nos chagaram o ano inteiro nos jornais, na rádio e na televisão, anunciando a catástrofe quando ela já se tinha abatido sobre nós.
Criticaram o ponto a que o país chegou, zurziram no governo, nos partidos e no comportamento dos portugueses, apontaram remédios para a crise, mas nenhum foi capaz de reconhecer, humildemente, que também é co-responsável pela crise, porque enquanto esteve no governo não tomou as medidas necessárias para que Portugal mudasse o rumo que, com ou sem crise, nos conduziria mais tarde ou mais cedo a uma situação insustentável.
Não é preciso ser economista para ter percebido, há muitos anos, que os portugueses viviam acima das suas possibilidades. No entanto, Cavaco Silva, João Salgueiro, Vítor Constâncio, Eduardo Catroga ou Daniel Bessa, nunca puseram travão às mordomias dos gabinetes ministeriais, nunca se preocuparam com o crescimento da despesa pública, nunca refrearam o endividamento desmedido das famílias portuguesas, nunca alertaram os portugueses para os riscos que corriam ao empenhar o seu futuro com o recurso ao crédito. Pelo contrário, recordo bem como João Salgueiro ou Vítor Constâncio desvalorizaram, desde o início dos anos 90, os riscos de endividamento excessivo e defenderem que era bom para a economia.
Também nunca ouvi Mira Amaral, Manuela Ferreira Leite ou Cavaco Silva reclamarem contra a injustiça da acumulação das reformas milionárias que auferem e contribuíram para desequilibrar as contas da segurança social.
A verdade é que a crise começou a anunciar-se ainda no segundo mandato de Cavaco Silva, com maioria absoluta. Nada foi feito por ele, nem pelos ministros das Finanças que nos últimos 20 anos geriram as contas do país. Foram eles os grandes responsáveis por esta crise. Se tivessem um mínimo de decência calavam-se ou pediam desculpa aos portugueses por terem sido tão incompetentes. Não o fazendo apenas demonstram que, além de inúteis, são irresponsáveis e sem vergonha.
Os portugueses não precisam, em 2011, de papagaios que contribuam, ainda mais, para a destruição da sua auto-estima. Que se calem para sempre, porque são o pior exemplo da malandragem que se serviu da política para enriquecer, contribuindo para a descredibilizar.
Aos portugueses compete fazer o resto. Votar em políticos que se preocupem com Portugal e estejam sinceramente empenhados em mudar o rumo das coisas. Que não sejam escravos do cifrão e respeitem mais quem trablaha.
Postado por Carlos Barbosa de Oliveira às Quarta-feira, Dezembro 29, 2010
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